Renato & Henrique, os meninos que driblaram o destino
Filhos de Luciene e Edival, os gêmeos Renato e Henrique Frisanco nasceram prematuros, com menos de sete meses de gestação.
Foram 21 dias na UTI, tempo em que os médicos preparavam os pais para o pior. Mas, contrariando prognósticos, saíram sem sequelas, ou quem sabe, sequelados de brilho e determinação.
O esporte entrou cedo na vida deles. Ainda pequenos, ouviram a professora chamar os meninos do futebol para a quadra e decidiram que também queriam estar lá. A mãe os matriculou na Cia. da Bola, atrás do Anglo. Dali em diante, não largaram mais as chuteiras: jogaram no Curimbaba, Caldense, Esportiva, Mogi Mirim, Amparo, União São João e Guaçuano. Houve partidas inesquecíveis, como na Copinha contra um time de Rio Pardo, quando Henrique salvou um gol quase dentro da rede e Renato, entrando no segundo tempo, defendeu dois pênaltis, sendo aclamados pela torcida como os gêmeos desconhecidos.
Quando o encarreiramento no futebol mostrou suas durezas, eles não abandonaram o sonho, apenas adiaram para que outro caminho emergisse: o xadrez. Autodidatas, mergulharam em cursos on-line, livros e incontáveis partidas. Hoje, representam a Prefeitura de São João da Boa Vista e também o Anglo, colégio em que estudam. Em pouco tempo, multiplicaram conquistas: no Brasileiro em Caxambu, Henrique foi 10º e Renato 11º entre quase 600 jogadores no último domingo, em Araras, inverteram as posições, Henrique campeão, Renato vice.
Unidos e competitivos, rivais dentro do limite saudável, também se destacam em olimpíadas de matemática, física, astronomia e geografia, quase sempre alternando entre ouro e prata. Henrique mira a engenharia aeroespacial no ITA Renato sonha com a Física Quântica na USP.
Do berço frágil da UTI à força que exibem no campo, no tabuleiro e na sala de aula, Renato e Henrique Frisanco são a prova de que destinos improváveis, numa analogia com certames praticamente perdidos, sempre podem triunfar em surpreendentes viradas.
Lauro Augusto Bittencourt Borges é bancário e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista - Instagram: @lauroborges
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O esporte entrou cedo na vida deles. Ainda pequenos, ouviram a professora chamar os meninos do futebol para a quadra e decidiram que também queriam estar lá. A mãe os matriculou na Cia. da Bola, atrás do Anglo. Dali em diante, não largaram mais as chuteiras: jogaram no Curimbaba, Caldense, Esportiva, Mogi Mirim, Amparo, União São João e Guaçuano. Houve partidas inesquecíveis, como na Copinha contra um time de Rio Pardo, quando Henrique salvou um gol quase dentro da rede e Renato, entrando no segundo tempo, defendeu dois pênaltis, sendo aclamados pela torcida como os gêmeos desconhecidos.
Quando o encarreiramento no futebol mostrou suas durezas, eles não abandonaram o sonho, apenas adiaram para que outro caminho emergisse: o xadrez. Autodidatas, mergulharam em cursos on-line, livros e incontáveis partidas. Hoje, representam a Prefeitura de São João da Boa Vista e também o Anglo, colégio em que estudam. Em pouco tempo, multiplicaram conquistas: no Brasileiro em Caxambu, Henrique foi 10º e Renato 11º entre quase 600 jogadores no último domingo, em Araras, inverteram as posições, Henrique campeão, Renato vice.
Unidos e competitivos, rivais dentro do limite saudável, também se destacam em olimpíadas de matemática, física, astronomia e geografia, quase sempre alternando entre ouro e prata. Henrique mira a engenharia aeroespacial no ITA Renato sonha com a Física Quântica na USP.
Do berço frágil da UTI à força que exibem no campo, no tabuleiro e na sala de aula, Renato e Henrique Frisanco são a prova de que destinos improváveis, numa analogia com certames praticamente perdidos, sempre podem triunfar em surpreendentes viradas.
Lauro Augusto Bittencourt Borges é bancário e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista - Instagram: @lauroborges
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